Thursday, July 29, 2010

Lulismo e os monstros

O SNI - agora com o nome de Abin -  foi preservado pela era Lula, bem como o status quo das casernas: o medo, a violência e a ignorância venceram a esperança. As vítimas da ditadura castrista continuam desaparecidas, seus assassinos escondidos no Estado ou já aposentados, com todos os arquivos relevantes escondidos pela Casa Civil. Mesma atitude diante de Tony Blair, após o fuzilamento de um brasileiro no metrô de Londres pela Scotland Yard, quase pedindo desculpas pelo transtorno causado pelo jovem trabalhador brasileiro à razão de Estado da Comunidade Britânica, que se obrigou a disparar onze tiros num eletricista já imobilizado. Da mesma forma, os militares brasileiros mataram nossos jovens pelas costas, indefesos, simplesmente por exercerem a faculdade de pensar livremente. A situação é idêntica, bem como a reação de Lula nos dois casos. No fundo, a manipulação, para interesse próprio, do conceito de perdão, confundindo-o com covardia e servidão voluntária. Ao não saber a diferença entre justiça e vingança, o atual Governo do Brasil revela-se desprovido de espírito, incapaz de dar uma direção nobre ao seu povo, que continua sendo tratado à sopa e propaganda, sem autonomia, saúde, proteção e escola, ingredientes básicos para uma república. Eis o limite da era Lula: ser incapaz de ultrapassar a sua falta de convicção nas questões mais delicadas. Eis o perigo: sua grosseria servir de barriga de aluguel para monstros mal intencionados, fabricantes de servitude, já ocupantes de grande parte dos cargos de confiança na Esplanada dos Ministérios, incapazes de aproximar-se do povo para ensinar-lhe a arte de governar e caminhar de cabeça erguida.