Si vis pacem para bellum

A ordem política internacional, enquanto relações de grupos econômicos maqueados de governos, denominados pelo economista norte americano John Perkins, autor de "Confissões de um assassino econômico", de corporatocracia, é fundada na guerra suja e na diplomacia de aluguel, cuja tropa de choque é formada por economistas delinquentes, agências de espionagem, chacais e exércitos. Ou seja, o modelo de homem público disseminado pela mídia hegemônica é o exterminador do futuro, de índole fria, covarde, vingativa, traiçoeira, perversa e invisível, como as bactérias. Enquanto os resignados e oportunistas esperam a data do enterro e o endereço da cova, o mundo capitalista já chegou ao seu fim. Os discursos de seus acólitos, ao invés de ideias, não passam de marchas fúnebres, a embalar o sono de seus coveiros entediados e deprimidos, ocupantes de baixos e altos cargos nos Estados nacionais, vampiros que se alimentam de sangue, perseguição, subserviência e preguiça. Cabe à sociedade civil mundial construir a nova polis sobre esses escombros, bem como atualizar o pensamento como potência criativa, no mesmo ato de redenção sensível da criatura humana.