Tuesday, March 08, 2005

Devemos matar pessoas não-humanas?

De acordo com o resultado das experiências de Francine Patterson, Allen e Beatrice Gardner, podemos concluir que os macacos são pessoas não-humanas, pessoas que pensam sem possuir a capacidade lingüística para expressar os seus pensamentos. Logo, suas vidas têm o mesmo valor especial atribuído, inequivocamente, às vidas de pessoas humanas: as vidas de membros de nossa espécie não são mais vidas do que as vidas dos membros de outras espécies.

A partir dessa experiências, somos imediatamente instigados a especular acerca da pessoalidade de outros animais, como baleias, golfinhos, cães e gatos. Serão pessoas? Enquanto estivermos divididos sobre o ser ou não-ser destes animais, devemos concerder-lhes o benefício da dúvida. Como dizem os juristas, animais bípedes, humanos e autoconscientes, in dubio pro reo.

Não devemos condenar estes seres ao cadafalso de nossa ignorância e prepotência. Sabemos que a indústria pesqueira assassina milhares de baleias anualmente e que, segundo Peter Singer, cerca de 140.000 cães e 42.000 gatos morrem todos os anos em laboratórios dos Estados Unidos.

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